A pontualidade é um claro indicador da produtividade, de extrema importância para a eficiência, competitividade e desenvolvimento das organizações.
Num estudo efectuado pela AESE e Ad Capita Executive Search, são apontadas aos portugueses dificuldades em agendar bem e gerir convenientemente o seu tempo, com tendência para a desorganização, para o desleixo, para o improviso e para o típico “desenrascanço”.
As conclusões do estudo são devastadoras: 95% não são habitualmente pontuais; 30% não têm o hábito de basear o seu dia de trabalho numa agenda diária; 60% agendam mais tarefas do que aquelas que sabem conseguir realizar; e dois terços não conseguem evitar ser regularmente interrompidos quando ocupados com outras tarefas planeadas.
Os portugueses, nomeadamente os gestores e outros líderes, são conhecidos por uma cultura tolerante com a falta de pontualidade, geradora de uma gestão focada na acção e não no planeamento. Tais características resultam em reuniões de trabalho de utilidade duvidosa, sem objectivos específicos, sem cumprimento da hora de início e sem hora para terminar: “Se tratar os funcionários como se eles fizessem a diferença, eles vão fazer a diferença na companhia”.
Ao nível das organizações nacionais, o panorama não é animador: mais de um terço não se preocupa com a pontualidade; dois terços não têm habitualmente implementado iniciativas para melhorar nas áreas de gestão; 60% não tem uma preocupação consistente com a gestão eficiente das reuniões; dois terços das reuniões não começam à hora; metade das reuniões não possui uma agenda de trabalhos distribuída antecipadamente (e quando existe agenda, em 40% dessas reuniões não é seguida); metade das reuniões não cumpre os objectivos que eram supostos atingir; 60% das reuniões não seriam necessárias para conseguir os objectivos propostos; um quarto das organizações não se preocupa normalmente com o cumprimento dos prazos, designadamente de pagamentos; e 80 % vê o desempenho do negócio ser prejudicado pelo incumprimento de prazos.
Bons hábitos de pontualidade e maior responsabilização individual geram melhor performance e maior respeito cívico. Uma atitude profissional e responsável relativamente ao cumprimento de prazos, compromissos e tarefas resultam em comportamentos mais produtivos e desempenhos mais ricos.
S-POWER club | Porto Fogo
Club Leader: José Carlos Pereira
Tema
Motivo da escolha: Relevância para a liderança, sucesso e desenvolvimento organizacional
Livros/ Sites/ Material de Pesquisa (descriminar): Estudo AESE e da Ad Capita Executive Search, com o apoio do Diário Económico
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